terça-feira, 14 de junho de 2011

Água de Côco ou Bebidas Esportivas?

Os indivíduos fisicamente ativos normalmente têm hábito de utilizar bebidas esportivas ou até mesmo água de coco durante e após os exercícios, na tentativa de facilitar e acelerar a recuperação dos líquidos e sais minerais perdidos pelo suor. Porém, alguns detalhes importantes sobre essas substâncias devem ser esclarecidos, pois mesmo parecendo bebidas comuns, elas podem provocar graves problemas.   Durante qualquer atividade física é natural que haja a produção de suor em larga escala para ajudar a resfriar a pele e com isso reduzir a temperatura corporal. Essa produção de suor pode variar entre 1,5 a 4 litros por hora de exercício¹. Devido a esse fato, muitas pessoas acham que devem utilizar bebidas esportivas especiais para a reposição desses líquidos corporais perdidos.

  O exercício físico pode provocar elevada taxa de sudorese e consideráveis ​​perda de água e de eletrólitos, particularmente em regiões com o clima quente. 

  O suor tem uma concentração maior de água do que sais minerais (hipotônico) e é composto principalmente de: água, sódio, potássio, cálcio, magnésio e cloro. Contraditoriamente, durante e após as atividades físicas não acontece perdas importantes de potássio pelo suor, tão pouco pela urina¹. Isto por que, a maior produção de ácidos durante o exercício impede a eliminação de potássio pelo organismo.

  De acordo com as recomendações da ACSM (American College of Medicine of Sports), as soluções de reposição devem ter as seguintes médias de concentração: Carboidrato= 6 g/100ml, Sódio= 30 mg/100ml, Potássio= 5 mg/100ml¹. No entanto, as bebidas esportivas apresentam em média as seguintes concentrações: Carboidratos= 6g/100ml, Sódio= 41mg/100ml, Potássio= 11,7mg/100ml. Sendo que a garrafa dessas substâncias tem em média 250 ml, dobrando os valores das concentrações relatadas acima.
  Bebidas esportivas exibem altas concentrações de sais minerais, principalmente de potássio (K+). É sabido também, que altas concentrações de potássio no sangue pode provocar arritmias cardíacas e até levar a morte, dependendo da quantidade ingerida dessas bebidas².
  Quanto à água de coco, ela apresenta uma constituição de frutose, sacarose, gordura, sódio, potássio, cálcio, magnésio e cloro. Devido a esta composição ideal de água e sais minerais, a água de coco já foi utilizada como soro fisiológico em cirurgias durante a segunda guerra mundial³. Porém, para que o côco alcance as concentrações ideais de água e sais minerais, ele deve estar maduro; pois a condição ideal para o consumo de qualquer fruto depende deste tempo de maturação.
  Outro ponto importante sobre a água de côco é que ela apresenta uma grande concentração de gordura. A presença de gordura no estômago aumenta o tempo de permanência de qualquer alimento dentro dele⁵.
Deve ser ressaltado também, que qualquer suco de fruta, até mesmo a água de coco, apresenta grande concentração de um açúcar (carboidrato) chamado frutose. E este carboidrato, quando ingerido em grandes quantidades, pode provocar um enorme desconforto gastrointestinal (diarréia), por que seu excesso irrita as paredes do intestino.
  Conclusão, todos os praticantes de atividades físicas com duração de até 1 hora deve fazer uso somente de água pura¹. Para aqueles que praticam atividades de maior duração e/ou intensidade, é necessário fazer um planejamento individual com o que será ingerido, pois a concentração de água e sais minerais neste líquido de reposição é totalmente individual e dependente da intensidade do exercício¹.



“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
para uma vida saudável.
Manter-se informado é a sua ferramenta para 
escolhas saudáveis.”  







Referências:
1- Sawka MN et al. Exercise and Fluid Replacement - POSITION STAND. Med Sci Sports Exerc. 2007.
2- Parisi A, Alabiso A, Sacchetti M, Di Salvo V, Di Luigi L, Pigozzi F. Complex ventricular arrhythmia induced by overuse of potassium supplementation in a young male football player. Case report. J Sports Med Phys Fitness. 2002 Jun;42(2):214-6.
3- Vigliar R, Sdepanian VL, Fagundes-Neto U. Biochemical profile of coconut water from coconut palms planted in an inland region. J Pediatr (Rio J). 2006;82:308-12.
4- Craig BW. The influence of fructose feeding on physical performance.
 Am J Clin Nutr. 1993;58(suppl):815S-819S.
5- Little TJ, Russo A, Meyer JH, Horowitz M, Smyth DR, Bellon M, Wishart JM, Jones KL, Feinle-Bisset C. Free fatty acids have more potent effects on gastric emptying, gut hormones, and appetite than triacylglycerides. Gastroenterology. 2007 Oct;133(4):1124-3.
*Créditos para: Anderson Luiz - http://fisiologiadoexercicio.blogspot.com










 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entendendo o M-DROL

Este tipo de artigo não são os quais eu costumo postar em meu blog, porém estou observando uma movimentação nas academias e o uso exacerbado do tal “M-Drol.

Mas o que é o M-DROL, o que faz, o que compõe?

M-DROL é o nome genérico para o Superdrol esteróide anabólico, que é uma substância sintética ilegal e também pode ter o potencial de gerar danos corporais graves.
M-Drol é uma cópia direta do produto Superdrol original xtreme anabolizantes.
O Superdrol é caracterizado pela segunda nomenclatura, etiocholan 17 di metil 3-one, 17mb-ol que também aparece na etiqueta M-Drol.
Superdrol (também M-Drol) pode soar como uma maneira fácil de ganhar músculo rápido, mas é massa muscular de baixa qualidade que você vai perder algumas semanas após a interrupção Superdrol e M-Drol.                                                                                               
Alteração da pressão arterial, ginecomastia, dor nas costas, dor na nuca, agressividade, pode acontecer a qualquer momento durante o ciclo; arritmia cardíaca, trombose, infarto do miocárdio são apenas alguns dos efeitos colaterais, que também alteram a estrutura e as funções do fígado. Nas mulheres e adolescentes, mesmo por um curto período, pode ocasionar efeitos colaterais irreversíveis. Nas mulheres esses efeitos colaterais incluem alterações na menstruação, engrossamento da voz, encolhimento dos seios e crescimento de pêlos no corpo, entre outros.                                              
Em um estudo publicado no The American Journal of Gastroenterology foi constatado caso de icterícia e nefropatia como conseqüência da utilização do suplemento Superdrol que foi anunciado como inócuo. O caso destaca que, além da adulteração, a falsificação de produtos químicos presentes nos medicamentos e suplementos podem gerar confusão e uma falsa sensação de segurança à sua utilização.
Portanto esteja atento ao uso adequado e à procedência de seu suplemento alimentar, como o próprio nome diz é somente um complemento à seu plano alimentar, que deve ser elaborado por um profissional pertinente de acordo com a sua individualidade bioquímica e modalidade física.


“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
para uma vida saudável.
Manter-se informado é a sua ferramenta para 
escolhas saudáveis.”  







*Referências Bibliográficas:
-Nasr J, J. Alves relatou grave e insuficiência renal associada ao uso do esteroide Superdrol (methasteron): relato de caso e revisão da literatura. Dis Sci Dig. Maio de 2009; 54 (5) :1144-6. Epub 2008 22 de agosto. Departamento de Medicina Interna da Universidade de Pittsburgh, Pittsburgh, PA 15213, EUA.
-Jasiurkowski B, Raj J, Wisinger D, Carlson R, L Zou, Nadir A. icterícia colestática e nefropatia por IgA induzida pela OTC Superdrol agente de construção muscular. Am J Gastroenterol. Nov 2006, 101 (11) :2659-62. Epub 2006 04 de setembro
-Neves, Janete – M-DROL – Janeiro de 2011 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Propriedades do Aloe Vera

  O uso de plantas medicinais começa a ter apoio cientifico, Brasil e outros países, com apoio da Organização Mundial da Saúde,  estão começando a resgatar a medicina popular, em que as plantas medicinais ressurgiram com força e vigor.
  Entre as ervas mais difundidas, encontra-se a californiana Aloe Vera, a babosa brasileira; o nome seria originário hebraico hala ou do arábico alloeh (substância amarga, brilhante) e do latim vera (verdadeira), é considerada uma planta poderosa há muito tempo.
Externamente, o gel de Aloe vera é utilizado principalmente para tratar de problemas de pele como queimaduras (pelo sol ou por exposição ao fogo), para cicatrização de feridas, como tratamento para problemas causados pela pele seca, como eczemas.     Entretanto outros estudos tem sido efetuados comprovando também a capacidade da aumentar a circulação do sangue, o que torna mais rápida a eliminação das células mortas e estimula o crescimento de células novas, provocando a reconstituição dos tecidos e a   cicatrização. Tem sido usada também para dores internas, como músculos doloridos, cãibras e até artrose, com o objetivo de eliminar a dor.
  A Aloe Vera pertence a família das Liliáces, da qual fazem parte a cebola, o nabo e os aspargos; apresenta-se em varias espécies, algumas delas sendo mais eficientes que outras. Possui propriedades regeneradoras, curativas, umectante, lubrificantes e nutritivas. Em sua composição foram identificadas inúmeras substâncias, entre elas polissacarídeos contendo glicose, galactose e xilose, tanino, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, uma proteína com 18 aminoacidos, vitaminas, minerais, sulfato, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outras.
   Mesmo sabendo dos benefícios do Aloe Vera, é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e associado a uma dieta balanceada e saudável.  No mercado encontramos disponível de diversas formas para determinados casos. 
  É indispensável a orientação e o acompanhamento de um Nutricionista que irá avaliar a possibilidade oferecida no consumo desse produto de acordo com a individualidade bioquímica de cada um.




“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
para uma vida saudável.
Manter-se informado é a sua ferramenta para 
escolhas saudáveis.”  











*Referências Bibliográficas:
- Henderson, G.A. A imperatriz das Plantas. Rev.Ervas e plantas
- Veloso, c.C; Peglow,K. Plantas Medicinais. Porto alegre: EMATER/RS – Ascar 2003
- Freise, F.W. Plantas medicinais brasileiras. Boletim de Agricultura, São Paulo
- Maurelle, J A F; Rodriguez F.M, Gutierrez Z P Accion analgésica Del extrato acuoso liofilizado de Aloe Vera L . em ratone. Revista Cubana Plantas Medicinais n.2, p 15-17, 1996

terça-feira, 26 de abril de 2011

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME NA EMBALAGEM QUE VOCÊ CONSOME

A Justiça Federal em São Paulo determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente a obrigatoriedade de informação “adequada e ostensiva” sobre a presença da substância bisfenol A (BPA) nas embalagens de alguns tipos de produtos.

O que é bisfenol-A (BPA)?  O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos.


De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças.


Como estamos expostos ao bisfenol A?
Bebês e crianças:
O BPA pode ser transmitido para criança através do consumo de alimentos ou bebidas acondicionadas em plástico, como mamadeiras, copinhos, pratinhos e talheres. É importante salientar que o aquecimento da mamadeira leva a um maior desprendimento do bisfenol-A, no entanto, em mamadeiras de plástico a migração vai acontecer independe dela ser aquecida ou não.
É cientificamente comprovado que o bisfenol-A passa pela placenta e a contaminação do feto ocorre sempre que a mãe ingerir um produto que esteve em contato com o químico.

Adultos: 
Pela ingestão de alimentos ou bebidas provenientes de latas, recipientes plásticos usados para guardar alimentos na geladeira, garrafas (squeezes) e garrafões.



Reduza a exposição ao BPA

1 - Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês
2 - Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 - Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens
4 - Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos
5 - Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças


*Maiores informações:

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Benefícios do Chocolate Amargo


O chocolate é fabricado a partir do cacaueiro (Theobroma cacao L), uma planta nativa das florestas quentes e úmidas das terras baixas do México, da América Central e das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. 
O nome científico da planta é de origem grega: Theo = Deus e broma = alimento. O nome cacau é de origem asteca: cacahuatl. Já o nome chocolate vem da bebida, tchocoatl, de origem maia, que já era consumida há mais de três mil anos.

A Revista Saúde! da edição de novembro de 2010 publicou uma matéria contendo alguns bons motivos para comer o chocolate, confira:


Combate o mau-humor: De acordo com pesquisadores da Universidade Middlesex, na Inglaterra, só o cheiro já basta, no estudo foi avaliado a reação das pessoas em ambientes com distintos odores e ao sentir o aroma de chocolate, os participantes relataram menor estresse e maior satisfação. O chocolate tem também alto teor de magnésio, mineral que age como regulador do humor, equilibrando os níveis dos neurotransmissores serotonina e dopamina, envolvidos no bem-estar.


* Diminui a ameaça de pré-eclampsia: durante a gravidez, 5% das mulheres sofrem com uma espécie de hiperativação do sistema inflamatório, doença conhecida como pré-eclampsia, que também causa elevação da pressão arterial. Um trabalho da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, mostra um consumo menor de chocolate entre as gestantes que desenvolveram a doença, concluindo que possa ser possível que o chocolate amargo interfira no processo inflamatório, entretanto, estudos mais abrangentes são necessários antes de um consenso. Portanto não vale abusar do consumo do chocolate para não ganhar quilos demais ao longo dos nove meses.


Atenua a cirrose hepática: o chocolate amargo combate o aumento da pressão arterial no abdômen, que pode atingir níveis perigosos em pacientes com cirrose. "A inclusão do alimento com 85% de cacau no cardápio diário é capaz de reduzir a hipertensão portal, no abdômen, diminuindo o risco de sangramento provocado pelo rompimento de vasos sanguíneos na região", descreve Mário Guimarães Pessoa, hepatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia. Vale ressaltar quem esses benefícios estão relacionados ao consumo do chocolate amargo, quem come o chocolate branco ou ao leite não tem as mesmas vantagens.


Reduz a pressão arterial: Há evidências de que os flavonóides contidos no chocolate amargo aumentam a elasticidade dos vasos sanguíneos, por incentivarem a produção do óxido nítrico, de acordo com o epidemiologista Brian Buijsse, que assina o estudo realizado no Instituto Alemão de Nutrição Humana.  Vale destacar que durante a pesquisa foi cortado alimentos calóricos para inserir o chocolate na dieta dos voluntários.


* Mantém o coração forte:  De acordo com um estudo feito pela Universidade Harvard em parceria com uma instituição sueca, o Instituto de Medicina Ambiental, mulheres que ingerem chocolate amargo uma vez por mês e duas vezes por semana são menos suscetíveis a disfunções no coração quando comparadas com aquelas que não comem o chocolate amargo.

* Baixa a resistência à insulina: Um trabalho italiano, da Universidade de L'Aquila, demonstra que ingerir 100 gramas de chocolate amargo, todos os dias, reduz a resistência à insulina - e, assim, menos açúcar fica circulando no sangue.  

* Previne o derrame: uma revisão de estudos feita na Universidade McMaster, no Canadá, é incisiva: comer chocolate pelo menos uma vez por semana reduz o risco de derrame e acelera a recuperação de pacientes que tiveram isquemia cerebral. Uma das pesquisas avaliou 44 mil pessoas, e as que consumiram uma porção de chocolate por semana apresentaram uma probabilidade 22% menor de sofrer um AVC. "Tudo indica que, mais uma vez, o benefício se deve aos flavonóides, que são antioxidantes e conseguem dilatar os vasos sanguíneos", diz a médica Sarah Sahib, que coordenou o trabalho. Segundo ela, é preciso fazer mais pesquisas antes de recomendar o alimento como salvador da massa cinzenta.

Mesmo sabendo dos benefícios do consumo do chocolate amargo, é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e associado a uma dieta balanceada e saudável.  Ainda não há consenso sobre a quantidade recomendada de ingestão. Os flavonóides presentes no cacau também estão presentes em frutas (uvas), vegetais (cebola, soja), linhaça, óleo de canola e bebidas (vinho tinto e chá verde), que devem ser preferencialmente consumidos. É indispensável a orientação e o acompanhamento de um Nutricionista que irá avaliar a possibilidade oferecida no consumo desses produtos de acordo com a individualidade bioquímica de cada um.




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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Você AINDA bebe leite?

Todos sabem que o leite é um dos alimentos mais consumidos pelos seres humanos. O que muitos não sabem, é que a maioria de nós temos intolerância à lactose (estimativa de 50 % de incidência na população) e que isso pode trazer diversos malefícios à nossa saúde.


Ao contrário do leite materno, o leite de vaca (que é benéfico SOMENTE para os bezerros) não é digerido da forma adequada pelo nosso organismo, além disso, somos os únicos mamíferos a substituir o leite materno e trocá-lo pelo de vaca após o período de amamentação.

Alergias, constipação intestinal, dificuldade de emagrecer, diabetes 1, são alguns dos malefícios que o leite de vaca pode trazer ao nosso organismo. Até mesmo os ossos podem ser prejudicados, pois além do cálcio, o magnésio presente no leite, também é importante para a sua fortificação, e o alto consumo de um desses nutrientes, leva a deficiência do outro. E o nível de magnésio no leite é 10 vezes menor que o de cálcio, não há efeito positivo nenhum para a fortificação óssea. Além do que, quem tem intolerância à lactose, não absorve o cálcio presente no leite.

A semelhança do leite tomado puro (recém saído da vaca) e o leite do supermercado? Somente a COR BRANCA!
A pasteurização do leite destrói as seguintes enzimas: 
- Fosfatase: essencial para absorção de cálcio   
- Lipase: útil para absorção de ácidos graxos (gorduras)
- Galactase: importante para digestão do açúcar do leite
Catalase, peroxidase, diastase...todas as enzimas que facilitam e propiciam a utilização dos nutrientes desaparecem. 

Os próprios nutrientes do leite se alteram ou são destruídos com a pasteurização e o processamento industrial.O processo de homogeneização do leite consiste em filtrá-lo sob alta pressão, de modo a reduzir ao máximo o tamanho dos glóbulos de gordura que ele contém, de modo que o leite não separe, ou seja, não forme nata. Fique sempre homogêneo. Esses glóbulos de gordura possuem uma membrana externa, microscópica, constituída por uma certa proporção de proteínas e gorduras. 
Com a homogeneização, ocorre um aumento brutal na área de superfície desses glóbulos de gordura, a perda da estrutura original das membranas desses glóbulos e sua substituição por uma proporção bem maior de proteínas que no leite cru. Este fator pode ser um dos responsáveis pela tendência do leite industrializado a provocar alergias.

O leite de supermercado pode predispor a doenças auto-imunes, pois os anticorpos voltados contra as estruturas do leite podem, "sem querer", reconhecer estruturas do nosso próprio corpo (articulações, pâncreas e outros órgãos e tecidos) como se fossem as estruturas do leite. Nessa hora, você começa a ser atacado pelos seus próprios anticorpos. São as assim chamadas doenças auto-imunes.

Agora fica a critério de seu conhecimento para AINDA insistir neste “alimento”.



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Referências Bibliográficas:
*Feldman, Alexandre e Fieldman, Pat. – “A DOR DE CABEÇA MORRE PELA BOCA” – Ed A GIRAFA
* DI TULLIO G. – Il ruolo delle intolleranze alimentari nella etiopatogenesi della dermatite atopica. La Med. Biol., Ottobre-Dicembre, 2001: 103 -110.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Plano Alimentar X Atividade Física

É fundamental ter um plano alimentar balanceado e equilibrado de acordo com sua individualidade bioquímica, modalidade física, horário e intensidade do treinamento.
O objetivo de uma refeição pré-exercício é fazer com que se tenha energia e não se sinta fraco e nem indisposto antes e durante o treino. Por isso, da mesma forma que o jejum é contra indicado para a prática de atividade física e é recomendado não iniciar um treino com o estômago totalmente cheio, o que pode diminuir o rendimento e até trazer conseqüências desagradáveis, como indigestão, náuseas e até vômitos.
Em geral, uma boa recomendação é fazer uma refeição grande, como um café da manhã completo ou almoço, de 2 à 4 horas antes do exercício, respectivamente.
Se o tempo entre a última refeição e o horário do início do treino for inferior (como as pessoas que acordam e vão treinar), priorize apenas os carboidratos e minimize as proteínas e as gorduras em geral. Isso melhora a absorção dos carboidratos, que são essenciais para este momento, pois garantem energia, e não “pesam” no estômago na hora do treino.
Alguns alimentos ricos em fibras, como cereais fibrosos, grãos, hortaliças cruas e algumas frutas, como laranja com bagaço ou abacaxi, açúcares e alimentos gordurosos não são recomendados neste momento, pois podem causar desconforto intestinal.

Alimentar-se para obter o melhor desempenho também inclui fazer uma escolha inteligente dos alimentos a serem ingeridos após o exercício físico.
Para recuperar totalmente a energia muscular, é necessário comer nos primeiros 30 minutos após o exercício e fazer outras refeições pequenas a cada três horas.  
Um item fundamental, que deve estar presente antes, durante e depois dos treinos, é a água.              
A água é indispensável para todas as funções metabólicas. Manter-se sempre hidratado é essencial!
A melhor recuperação pós-treino é obtida ao se combinar o consumo de carboidratos e proteínas, que são extremamente importantes para recompor as fibras musculares.
“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
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