segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Produtos Químicos Ambientais X Gestantes

O Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental dos Estados Unidos divulgou em janeiro de 2011 um estudo o qual relata que a grande maioria das mulheres grávidas tem no corpo substâncias químicas potencialmente perigosas para o feto.
O estudo baseado em uma amostragem de 268 mulheres, determinou que 99% das grávidas tem no corpo várias substâncias poluentes, e algumas delas, como o mercúrio e metais pesados, podem atravessar a placenta e atingir o feto.
Muitas das substâncias químicas presentes no sangue e na urina das gestantes estão associadas à doenças. O mercúrio, por exemplo, está relacionado a problemas neurológicos.
É por isso que o diretor do trabalho, Tracey Woodruff aconselha que as grávidas tomem medidas especiais para reduzir ao máximo a presença dessas substâncias.
Os responsáveis pelo estudo encontraram as mesmas substancias químicas no corpo das mulheres não grávidas, mas advertiram que os riscos são maiores entre as que esperam bebê, pela possibilidade dos poluentes interferirem no desenvolvimento deles.



Inquestionavelmente neste período as mulheres devem consumir produtos orgânicos, tirar com freqüência o pó da casa, lavar muito bem as mãos antes de comer e escolher os produtos de higiene que contenham menos ingredientes tóxicos.
As gestantes devem cumprir também a combinação de uma dieta adequada com estilo de vida saudável , como não fumar e não consumir álcool durante os nove meses.

Mas por que os produtos orgânicos?
 

O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos, ou seja evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas.
As técnicas de produção orgânica são destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição. Protege a qualidade da água, a fertilidade do solo, a vida silvestre e são muito mais nutritivos.
Para esclarecer, o alimento hidropônico (produzido na água) não é orgânico pois utiliza adubos químicos solúveis, portanto não é recomendado para o consumo alimentar.

O produto orgânico é fácil de ser identificado, ele deve conter o selo de certificação, que é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos orgânicos isentos de qualquer resíduo tóxico. 

Além do mais o sistema de cultivo orgânico observa as leis da natureza, respeita as diferentes épocas de safra e todo o manejo agrícola está baseado na preservação dos recursos naturais, além de respeitar os direitos de seus trabalhadores. 
                                                   

Confira as frutas e legumes da estação:

* Oferta forte de frutas (tendência de baixa nos preços): abacate, kiwi, pinha, banana, banana-maçã, caju, caquí, carambola, côco, figo, goiaba, jaca, maçã, pêra, uva comum, tangerina-cravo, limão, ameixa importada, pêssego importado, nectarina importada, kiwi importado

* Oferta regular de frutas (preços estáveis): abacaxi, banana-da-terra, jabuticaba, manga, morango, nêspera, ponkan, mexerica, maçã importada.

*Verduras e legumes: berinjela, chuchu, jiló, milho verde, pepino, pimentão, quiabo.



Fique ligada!! Além de adquirir o alimento mais saudável e saboroso, incluir produtos orgânicos nas compras incentiva a produção e no longo prazo, torna os orgânicos mais baratos.

E le
mbre-se tudo o que a mãe consome, alimenta também o feto que está crescendo em seu útero, por isso mais uma vez, eu aconselho que as gestantes evitem qualquer tipo de alimento industrializado e dê especial preferência a alimentos frescos, de época e orgânicos. A idéia não é viver numa bolha, mas minimizar ao máximo o contato com substâncias potencialmente perigosas para sua saúde e a do seu bebê.




“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
para uma vida saudável.
Manter-se informado é a sua ferramenta para 
escolhas saudáveis.”






* Referências Bibliográficas:
-Woodruff TJ, Zota AR, Schwartz JM, 2011 Environmental Chemicals in Pregnant Women in the US: NHANES 2003-2004. Environ Health Perspect doi:10.1289/ehp.1002727 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pais saudáveis têm filhos saudáveis!





O fato do pai abusar do consumo de alimentos gordurosos pode aumentar o risco de que suas filhas sejam concebidas com maior propensão para a diabete e a obesidade, diz um estudo recente publicado na Revista Nature.
Até agora sabia-se que os pais obesos ou diabéticos têm risco maior de transmitir esses problemas para os filhos, mas esta é a primeira vez que se encontra um indício científico que um fator não genético - a dieta paterna - pode desencadear processo diabético na descendência.
Cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul submeteram ratos machos a uma dieta de alto conteúdo de gordura, o que causou problemas de obesidade e tolerancia à glicose, que transmitiram aos descendentes do sexo feminino gerados com fêmeas normais. Os cientistas encontraram, nos filhotes, anomalias nas células beta do pâncreas, encarregadas de produzir insulina, que é o hormônio que controla o nível de açúcar do sangue.
Segundo Margareth Morris, que chefiou o estudo, o risco de desenvolver diabete pode ser similar no caso de filhotes machos, embora o estudo só tenha analisado fêmeas.
Em comentário que acompanha o artigo, o biólogo Michael Skinner, da Universidade de Whashington, considera a descoberta surpreendente, já que normalmente alterações nas células comuns do corpo não afetam as células germinativas - no caso do macho, os espermatozóides - e portanto não teriam como passar para geração seguinte. Skinner especula que a dieta poderia ser um fator ambiental que afeta a expressão dos genes, e não o material genético em si, durante a formação dos espermatozóides.


Portanto, o exemplo de vida saudável e vitalidade positiva começa desde cedo, ou melhor deve ser adquirido desde de sempre!




A alimentação de uma criança é de vital importância, já que este é um período crucial para as fundações dos seus hábitos nutricionais. 
A dieta de uma criança necessita de um planeamento especial - as necessidades de energia e nutrientes fundamentais são elevadas, mas o apetite é reduzido e os hábitos alimentares inconstantes.
Ao contrário do que nossos avós faziam  com os nossos pais, não se deve obrigar as crianças a comer esse ou aquele alimento. Existem muitas formas de incluir refeições aparentemente pouco saborosas no cardápio das crianças. Basta encontrar alternativas que auxiliem no processo de convencimento; substituição de alimentos e algumas “técnicas de disfarce” são muito bem vindas.
A alimentação das crianças deve ser constituída por refeições pequenas, frequentes e ricas em nutrientes essenciais e as quantidades de cada alimento deverão ser estipuladas de acordo com a faixa etária de cada criança:




Esteja atento (a) a introdução alimentar adequada e saudável, priorizando o mais natural possível isento de corantes e conservantes, com uma orientação adequada e pertinente de um nutricionista.



“Alimentar-se de forma adequada é fundamental 
para uma vida saudável.
Manter-se informado é a sua ferramenta para 
escolhas saudáveis.”



Fontes: 
- Livro Crescendo com Saúde, de Maria Luíza de Brito Ctenas e Márcia Regina Vitolo                                                                                     - Nature Magazine, October 2010